A
estrutura terciária é formada pela
disposição
espacial das estruturas secundárias e das estruturas não
regulares, constituindo a proteína toda.
visualizar
estrutura terciária
> M
a n u t e n ç ã o d a e s t
r
u t u r a t e r c i á r i a
Como
você
pode ver, a estrutura terciária da difteria toxina é uma
estrutura bastante compacta. Que forças mantêm tal
compactação?
São
ligações ou interações entre as cadeias
laterais
dos aminoácidos:
1 - ponte
salina 2 - ponte
de hidrogênio 3 -
interação
hidrofóbica 4 - ponte
dissulfeto
1 - Ponte salina
Vamos
agora
analisar um trecho da proteína em estudo em detalhe.
Clique
abaixo
para selecionar a arginina 173 (ARG173), um aminoácido carregado
positivamente.
mostrar ARG173
Clique
abaixo
para selecionar o ácido aspártico 211 (ASP211), um
aminoácido
carregado negativamente.
mostrar ASP211
Perceba
que
apesar dos dois aminoácidos estarem localizados tão
distantes
um do outro na estrutura primária da proteína (separados
por 37 aminoácidos), eles estão em contato. Para
facilitar
a compreensão da natureza deste contato entre os dois
aminoácidos,
vamos primeiramente identificar o trecho da estrutura dos
aminoácidos
envolvidos.
visualizar
o "esqueleto de aminoácidos" do aminoácido 165 ao 173 (amarelo)
visualizar
o "esqueleto de aminoácidos" do aminoácido 174 ao 211 (laranja)
(interrompido)
visualizar
o "esqueleto de aminoácidos" do aminoácido 212 ao 220 (ciano)
Você
pode verificar que os aminoácidos estão de fato mantendo
o contato entre os segmentos do esqueleto de aminoácidos que
formam
uma alça.
Vamos
estudar
agora o contato mais detalhadamente.
mostrar
grupo amino (NH3+ , carregado positivamente) da
cadeia
lateral da ARG173
mostrar
grupo carboxílico (COO- , carregado negativamente)
da
cadeia lateral do ASP211
Clique o
botão
abaixo para ver a estrutura atômica dos aminoácidos
envolvidos
na ponte salina em estudo.
ver
estrutura plana dos aminoácidos ARG173 e ASP211
Para
haver
estabelecimento de uma ponte salina ou interação
iônica,
é necessário que os dois aminoácidos em contato
tenham
grupos carregados. Clique abaixo para ver os aminoácidos com
cadeias
laterais carregadas e suas estruturas. É importante lembrar que
apesar de todos os aminoácidos terem dois grupos carregados, o
grupo
amino (positivo) e o grupo carboxílico (negativo), esses grupos
estão envolvidos na ligação peptídica e
não
podem, portanto, estabelecer interação iônica.
O primeiro
e último aminoácidos, no entanto, possuem o grupo amino e
o grupo carboxílico livres, respectivamente.
Assim, os
grupos que conferem carga líquida a um aminoácido
são
as cadeias laterais.
ver
aminoácidos com carga
2- Ponte de
hidrogênio
Vamos
realizar
o mesmo tipo de análise realizada para a ponte salina:
mostrar
aminoácido tirosina 60 (TYR60)
mostrar
aminoácido glutamina 184
(GLN184)
Novamente,
os aminoácidos estão distantes na estrutura
primária,
mas estão em contato devido à estrutura tridimensional
que
a proteína adquire.
Veja abaixo
o trecho da proteína envolvido nesta ligação em
estudo.
mostrar
aminoácidos 55 a 187 (interrompido)
Como
já
estudado anteriormente, uma ponte de hidrogênio se dá
entre
um átomo de oxigênio ou
nitrogênio e um átomo de hidrogênio ligado a um
átomo
de oxigênio
ou nitrogênio [veja
mais sobre ponte de hidrogênio].
A ponte de
hidrogênio em estudo é formada entre um átomo de
hidrogênio
ligado a um átomo de oxigênio da tyrosina 60 e um
átomo
de oxigênio da glutamina 184.
mostrar oxigênio da
carbonila da cadeia lateral da GLN184
mostrar oxigênio da
hidroxila (O-H) da cadeia lateral da TYR60
mostrar ponte
de hidrogênio entre TYR60 e
GLN184
(3,24 angstrons)
Neste
caso,
a ponte de hidrogênio se
estabelece entre o hidrogênio da hidroxila (O-H) da tirosina e o
oxigênio da carbonila da glutamina.
mostrar
fórmula estrutural dos aminoácidos envolvidos e a ponte
de hidrogênio formada
ver
outro exemplo
Observe
que
nesse exemplo a ponte de
hidrogênio
formada
ajuda a manter as duas alfa-hélices próximas.
3-
Interações
hidrofóbicas
Outro
tipo
de interação muito importante para a
manutenção
da estrutura de uma proteína são as
interações
hidrofóbicas. Este tipo de interação é o
mesmo
que faz o óleo agregar-se quando jogado na água, por
exemplo.
ver
aminoácidos hidrofóbicos da toxina diftérica (em laranja)
Os
aminoácidos
hidrofílicos estão representados em ciano.
Observe que os aminoácidos hidrofóbicos
se
encontram no interior da proteína. Isso ocorre porque os
aminoácidos
externos são hidrofílicos (hydros=água, phyllia=gostar)
e fazem contato com a água. Os aminoácidos
hidrofóbicos
(phobia=medo) agregam-se, evitando o contato com a água.
ver
aminoácidos hidrofílicos da toxina diftérica (em ciano)
4- Ponte dissulfeto
A ponte
dissulfeto
é uma ligação
covalente entre dois átomos de enxofre (das cadeias
lateraisl
de duas cisteínas).
mostrar
aminoácidos 455-475
visualizar CYS461
visualizar CYS471
visualizar
átomo de enxofre da cadeia lateral da CYS461
visualizar
átomo de enxofre da cadeia lateral da CYS471
visualizar
ponte dissulfeto entre átomos de enxofre da CYS461e CYS471
ver
representação estrutural da ponte dissulfeto entre CYS461e CYS471
> D
o m í n i o s
Grandes
cadeias
polipeptídicas (mais de 200 aminoácidos) dobram-se e
formam
domínios
.
Domínios são estruturalmente independentes do
resto
da proteína, ou seja, sua retirada não afeta tão
gravemente
o resto da estrutura. Também estão relacionados a uma função
específica
que exercem.
O
primeiro
domínio da proteína diftérica que veremos é
o domínio catalítico (domínio C). Uma vez que
domínios
são porções da proteína estruturalmente
independentes
e com uma função específica, vamos localizar
primeiramente
o sítio catalítico desta toxina.
O sítio
catalítico é uma região ou sítio da
proteína
que é diretamente responsável pela reação
química
que a enzima catalisa. Nessa região existem aminoácidos
que
se encontram numa conformação tal que suas cadeias
laterais
podem reagir com um
substrato, ou seja, com uma molécula que sofrerá a
catálise
enzimática.
visualizar sítio
catalítico da difteria toxina
Podemos
também
visualizar o substrato no sítio ativo.
visualizar NAD
ver
o domínio catalítico (C).
Resíduos 1-187
ver domínio
transmembranar (R). Resíduos
201-386
Perceba
que
esse domínio é rico em alfa-hélices.
visualizar alfa-hélices (TH1-TH9)
O
último
domínio da difteria toxina é o domínio de
ligação
ao receptor, que possui a função de promover a
ligação
da toxina diftérica a um receptor
(receptor de precursor de fator de crescimento heparina-ligante) que se
encontra na superfície da célula, possibilitando assim a
entrada da toxina.