USP

Perguntas Frequentes

O que são radicais livres?

Radicais livres são átomos ou moléculas que possuem um ou mais elétrons que ocupam sozinhos um orbital atômico ou molecular (elétrons desemparelhados). A presença de elétrons desemparelhados torna a maioria dos radicais livres muito reativa frente a outras espécies com elétrons desemparelhados (outros radicais livres, oxigênio molecular e íons de metais de transição). Já a reatividade dos radicais livres com moléculas orgânicas varia enormemente e existem radicais livres pouco reativos, como o óxido nítrico, e outros muito reativos, como o radical hidroxila.

O que são processos redox?

Processos redox estão relacionados a reações químicas nas quais há mudança do estado de oxidação dos átomos (reações de óxido-redução/ reações redox). Devido à presença de elétrons desemparelhados, radicais livres frequentemente participam de reações redox.

Por que é importante estudar os radicais livres através do NAP Redoxoma?

A Rede Redoxoma foi organizada para aprofundar o conhecimento acerca de processos redox nos organismos vivos, desenvolvendo novos marcadores para identificar os efeitos de radicais livres e novas estratégias antioxidantes para prevenir os efeitos nocivos destas espécies. Os radicais livres participam de uma imensa variedade de processos dentro dos organismos vivos, sendo alguns destes processos benéficos (como a vasodilatação e a defesa contra infecções) e outros indesejáveis (como o desenvolvimento de cânceres e envelhecimento). Deste modo, é extremamente importante conhecer melhor estas espécies, poder monitorar seus efeitos de motos.

Em que doenças há participação de radicais livres?

Existem evidências de que radicais livres estão envolvidos direta ou indiretamente na maioria das doenças em que há lesão de tecidos. Como exemplos, radicais livres formados devido à exposição a raios ultra-violeta (UV) participam do desenvolvimento de cânceres de pele. Doenças cerebrais como Parkinson e Alzheimer podem ter um componente oxidativo. O mesmo ocorre com a aterosclerose que aumenta as chances de infarto. Radicais livres também participam das lesões celulares que acompanham o infarto. Radicais livres provenientes da fumaça do cigarro podem causar enfisema pulmonar.

O que são biomarcadores?

Biomarcadores ou marcadores biológicos são moléculas que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de um determinado processo em um organismo. Nós pretendemos contribuir para o desenvolvimento de biomarcadores que indiquem a formação e a reatividade de radicais livres específicos dentro de um organismo vivo.

O que se entendem por “estratégias antioxidantes”?

Antioxidantes são compostos capazes de prevenir a oxidação de substâncias, um processo que pode ser provocado por radicais livres. Nós propomos desenvolver e estudar não somente moléculas antioxidantes, mas também estratégias antioxidantes, como dietas especiais e tratamentos que permitam prevenir danos oxidativos removendo ou evitando a formação de determinados radicais livres.

Eu devo tomar um antioxidante? Qual?

Há uma quantidade grande de radicais livres diferentes em nosso organismo, que podem promover lesões muito variadas. Por isso, não há nenhum antioxidante que, sozinho, possa prevenir todos os possíveis danos radicalares. De modo geral, pessoas saudáveis com boas dietas, ricas em frutas e verduras, possuem níveis adequados de antioxidantes. Por outro lado, seu médico pode recomendar terapias dependendo de sua condição específica.

Como posso prevenir lesões promovidas por radicais livres?

Uma dieta rica em frutas e verduras irá aumentar sua capacidade antioxidante natural. Além disso, é importante evitar fontes conhecidas de radicais livres como o cigarro e a radiação solar.

Os radicais livres são sempre ruins para o organismo?

Não. Como exemplo, o oxigênio que respiramos possui dois elétrons desemparelhados e é, portanto, um radical livre. Porém, o oxigênio é essencial para a manutenção de nossas vidas. O óxido nítrico é outro radical livre muito importante, pois mantém os nossos vasos dilatados para que o sangue possa fluir bem. A descoberta de que um radical livre realiza o controle do tônus vascular rendeu o prêmio Nobel de Medicina a Robert F. Furchgott, Louis J. Ignarro e Ferid Murad em 1998.