30º SIICUSP traz projetos de iniciação científica dos graduandos ao IQUSP

Na última sexta-feira (21), ocorreu no IQ a 30º edição do Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa que acontece anualmente e engloba toda a USP, além de outras instituições nacionais e estrangeiras. 
 
O evento é realizado em dois momentos, sendo o primeiro a etapa nacional e o segundo a etapa internacional, com os projetos dos estudantes selecionados pela comissão de pesquisa de cada unidade. O formato segue inalterado desde 2014 e trata-se de uma oportunidade para que os alunos de graduação compartilhem as abordagens e resultados de seus projetos de iniciação científica e tecnológica. Nesta edição, participaram do SIICUSP 41 alunos dos cursos de graduação do IQ.
 
Thayná da Silva Santos é graduanda do 8º semestre do curso de Química com ênfase em Química Ambiental e apresentou no SIICUSP sua pesquisa, intitulada “Caracterização de compostos orgânicos em aerossóis coletados em período seco em São Paulo”. Ela conta que o objetivo do estudo foi caracterizar a classe dos HPAs [Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos] em amostras de material particulado, a partir da cromatografia a gás acoplada a espectrometria de massas. Também foi realizado um comparativo entre as concentrações dos HPAs com potencial carcinogênico em dias secos e úmidos, além de avaliadas as fontes de emissão e o risco de câncer que está associado aos HPAs a partir do índice benzo(a)pireno equivalente. Os resultados da pesquisa de iniciação científica de Thayná serão utilizados pelos projetos Metroclima e Sopro, que visam desenvolver propostas para aumentar a qualidade do ar em São Paulo.
 
Thayná Santos compartilhou no SIICUSP os resultados da pesquisa que desenvolveu no laboratório do Grupo de Estudos em Química Atmosférica do Instituto de Química
 [Imagem: Aldrey Olegario/Comunicação IQUSP]
 
Assim como comentado por outros dos graduandos durante o SIICUSP, Thayná explica que a iniciação científica foi uma etapa fundamental de sua graduação. “A iniciação científica certamente foi um dos momentos da graduação em que eu mais aprendi. Foi onde pude colocar muita coisa em prática daquilo que eu aprendi em matérias diferentes. Então, eu tive química analítica conversando com química ambiental e química orgânica. E acho que isso é muito importante na formação do químico, ter uma visão ampla de como as coisas se relacionam. Acho que esse foi meu maior aprendizado”, comenta ela.
 
A interdisciplinaridade 
 
Outra característica dos projetos apresentados nesta edição do SIICUSP no IQ foi o diálogo com outras áreas do conhecimento e outros institutos da Universidade de São Paulo. Essa abordagem se faz importante à medida em que se agregam outras metodologias e pontos de vista para uma pesquisa e que se estabelecem novas redes de conhecimento.
 
Esse é o caso do projeto da estudante Nathalia Olinek Farias, "Análise de notícias e conteúdos de combate à Fake News sobre vacinação e mudanças climáticas em redes sociais e canais de comunicação”, que interliga na orientação professores do IQ e da ECA. Ela conta que o objetivo da pesquisa foi analisar como a questão da desinformação em ciência pode ser trabalhada em ambientes escolares. “Essa pesquisa foca mais em ver como a divulgação científica está sendo oferecida para a população. Levantamos conteúdos em quatro categorias de informação: os papers científicos, textos jornalísticos da Folha de S. Paulo, vídeos do YouTube e TikTok e os podcasts”, descreve Nathalia.
 
O projeto é trabalhado dentro de um curso de extensão voltado para professores. Sobre o impacto do estudo, Nathalia conta que muitos dos participantes do módulo acabaram buscando também outros cursos sobre divulgação científica.
 
Por Aldrey Olegario | Comunicação IQUSP
 
Data de Expiração: 
01/01/3050