IQUSP sedia cursos de formação a professores de escolas públicas

Entre os dias 14 e 16 de julho de 2025, ocorreu na Universidade de São Paulo o 26° Encontro USP-Escola. Vinculado ao Programa USP Aproxima Escola, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), e em parceria com a Associação dos Professores de Escolas Públicas (APEP), o projeto foi realizado no campus da capital – no Instituto de Química (IQ), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) – e nos campi do interior, em São Carlos e Ribeirão Preto.
 
Os encontros contaram com diferentes cursos de formação e atividades curtas, como oficinas ou workshops, nas áreas de humanas, biológicas, tecnologia e exatas. Além de sediar a abertura do evento, o IQ também recebeu turmas de 12 cursos. De acordo com Luciane Hiromi, membro da Comissão Organizadora do Encontro USP-Escola, todas as salas do Bloco 6 foram utilizadas, além de outras quatro do instituto.
 
Métodos alternativos de ensino
 
Todos os cursos oferecidos no Encontro são ministrados no formato presencial, com duração de 30 horas – e as atividades variaram de acordo com o planejamento dos ministrantes. Como a intenção do projeto é incentivar discussões no ambiente escolar, os responsáveis buscaram atividades que se adequassem à realidade da sala de aula e, ainda, abordassem o aparato acadêmico de formação para o professor. Então, além do ensinamento teórico, rodas de conversa, brincadeiras e práticas laboratoriais também integraram o cronograma de julho.
 
Indígenas contribuem para discussão sobre diversidade [Paulo Monteiro | IQUSP]
 
O curso “Ensino de histórias e culturas indígenas: conversas interculturais para construção de uma educação antirracista”, conduzido no IQ e na FFLCH, foi ministrado por Lise Santos Camargo, professora de História na Rede Municipal de Campinas e formadora no Grupo de Trabalho “Canoas da Memória: Temáticas Indígenas”. Representantes de tribos indígenas também contribuíram para os ensinamentos do tema, com a participação de Letycia Rendy Obá Payaya – ou Letícia Rodrigues de Almeida, doutoranda em “Humanidades, Direito e Outras Legitimidades” do programa PPGHDL/DIVERSITAS/USP; Yvoty – ou Rosângela Soares, estudante de pedagogia e formadora no curso de extensão “Nhembo'ea Ipoty'i ara pyau régua: língua e cultura Mbyá Guarani”, pela Rede de Atenção à Pessoa Indígena do Instituto de Psicologia (IP) da USP; e Denilza Kaimbé, ativista, artesã, palestrante e diretora de Tradições Indígenas da Acaapesp.
 
Os demais cursos sob responsabilidade do IQ incluíram os temas: “A Química dos Alimentos Industrializados: Possibilidades de Ensino”, “Atualização em Vacinas”, “Contextualizando a Química Analítica Qualitativa”, “Educação Climática Crítica: Currículo, Práticas Pedagógicas e Justiça Socioambiental”, “Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil e Ensino Fundamental” e “Uma Abordagem Lúdica em Matemática e Letramento Através de Jogos de Tabuleiros”, entre outros.
 
Jogos de tabuleiro e brincadeiras tornam o processo de aprendizagem mais dinâmico
[Comissão Organizadora do Encontro USP-Escola]
 
Relação das escolas com a Universidade
 
O Encontro USP-Escola é realizado duas vezes ao ano, nos meses de janeiro e julho. Apesar de geralmente acontecer durante uma semana, este último foi diferente – durou apenas 3 dias, porque houve conflito com a data de retorno dos professores para suas respectivas escolas. Ainda assim, segundo Luciane, a média de inscritos e de participantes se mantiveram constantes.
 
Por meio da APEP, a participação de docentes na própria organização do evento cresceu nos últimos anos. Isto ajuda a universidade a entender quais são as demandas da escola pública, de modo a propor atividades formadoras condizentes. “Queremos mostrar que a USP é receptiva para os professores e seus alunos, para que eles divulguem isso na sala de aula”, pontua Luciane.
 
Por Ana Santos | Comunicação IQUSP
 
Data de Expiração: 
01/01/2030

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