Uma célula solar com este arranjo pode apresentar a aparência de um vidro transparente colorido. Nesse caso, além de coletar a luz e transformá-la em energia elétrica, a célula permite também a transmissão da fração de luz incidente não aproveitada. A coloração da célula transparente é determinada pela cor do corante sensibilizador adsorvido no filme transparente do semicondutor empregado, possibilitando o seu uso em painéis solares transparentes, substituindo, por exemplo, janelas.
A célula solar de camada delgada apresenta inúmeras vantagens em relação às células solares tradicionais não fotoquímicas. Estudos mostram que a célula permanece estável por longos períodos sem perda de eficiência. Seu desempenho também não é prejudicado por má iluminação, como em dias nublados. O dióxido de titânio é barato, e amplamente empregado em inúmeras aplicações. Além disso, ao contrário dos materiais utilizados nas células solares convencionais, os empregados no sistema aqui descrito são inofensivos, não tóxicos e não agridem o meio-ambiente.
A sensibilização de semicondutores à luz visível através de compostos de coordenação tem se mostrado uma estratégia extremamente promissora na conversão da energia solar em energia elétrica. Esse tema é de grande importância e tem despertado o interesse de diversos grupos de pesquisa em áreas multi-disciplinares.
As células solares de camada delgada descritas já mostraram a sua viabilidade no uso prático e estão atualmente sendo desenvolvidas por grupos industriais. Algumas aplicações práticas baseadas em dispositivos solares devem ser em breve lançadas comercialmente.
Saiba mais sobre o assunto em: http://www.finep.gov.br/noticia/energia.htm
