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Polímeros
condutores como membranas-modelo para sistemas de eletroliberação
de drogas.
O
desenvolvimento de medicamentos evoluiu da fase botânica,
no alvorecer das primeiras civilizações, para a era da
química sintética na metade do século XX, alcançando o
estágio atual da biotecnologia. Da mesma forma que a humanidade
viu o surgimento de novas drogas com ações altamente específicas,
capazes de controlar e prevenir as mais diversas doenças
graças à elucidação dos mecanismos moleculares que as
causam, tem-se que a forma de ministrar essas drogas também
mudou muito nestes últimos 100 anos, desde as convencionais
pílulas até os sistemas de liberação controlada/sustentada
com velocidades programáveis.
Dois
são os fatores primordiais que justificam a procura de
novos sistemas de liberação de drogas (SLD): (i) a oscilação
da concentração do medicamento in vivo, acima do nível
máximo e abaixo do mínimo, quando são necessárias várias
doses aplicadas de maneira convencional e (ii) a necessidade
de esquemas (adesivos ou implantes, por exemplo) que tornem
viáveis e ao mesmo tempo eficazes os tratamentos com coquetéis
de medicamentos, que da forma que são prescritos atualmente,
exigem que sejam ministrados ao paciente até 40 comprimidos
diários. O termo liberação controlada implica
na predição e na reprodutibilidade da cinética de liberação
de uma droga, e os vários sistemas de liberação controlada
são agrupados de acordo com a técnica empregada na liberação.
A tabela a seguir mostra alguns exemplos de sistemas que
utilizam polímeros, dentre os quais é destacado o último
exemplo, pois é um dos temas de pesquisa do nosso laboratório.
Tabela
1: Alguns mecanismos que acionam a liberação de drogas
no organismo.
Estímulo |
Polímero |
Mecanismo |
pH |
hidrogel
ácido ou básico |
Mudança
do pH - entumecimento - liberação da droga |
Força
Iônica |
hidrogel
iônico |
Mudança
na força iônica alteração na carga efetiva
do hidrogel mudança na conformação - liberação
da droga |
Espécies
químicas |
Hidrogel
contendo grupos aceptores de elétrons |
Formação
de complexo de transferência de carga - mudança
na conformação - liberação da droga |
Enzima-substrato |
Hidrogel
contendo enzimas imobilizadas |
Substrato
presente - conversão enzimática - produto muda a
conformação do hidrogel - liberação da droga |
Magnético |
Partículas
magnéticas dispersas nas microesferas |
Campo
magnético aplicado - mudança nos poros da microesfera
- liberação da droga |
Ultrasom |
poli(etileno-vinil
álcool) |
Irradiação
de ultrasom - aumento da temperatura -liberação
da droga |
Elétrico |
Polieletrólito |
Campo
elétrico aplicado - carregamento da membrana
difusão da droga carregada - mudança na carga do
polímero - liberação da droga |
Fig.1.
Espectros UV-Vís, característicos do ácido salicílico,
obtidos da solução aonde o mesmo foi liberado.
Aproveitando
o fenômeno de fluxo iônico frente à mudança de estado
de oxidação de um polímero condutor (fig.1), estamos desenvolvendo
membranas de polianilina capazes de armazenar drogas,
tanto aniônicas como catiônicas, e liberá-las controladamente
através de pulsos de potencial. Em nossos estudos já verificamos
a eficácia do sistema na liberação controlada de ácido
salicílico (uma droga aniônica modelo) através da redução
da polianilina dopada com o mesmo. Modificando a polianilina
com NáfionÒtambém conseguimos a liberação de
dopamina protonada (uma droga catiônica modelo), desta
vez pela oxidação do sistema.
A
saída das drogas do sistema polimérico para uma solução
aquosa é acompanhada por espectroscopia no UV-Vís (fig.1),
a qual nos fornece dados para a construção das curvas
de liberação (fig. 2).


Fig.2.
Curvas de liberação. A: ácido salicílico a partir da polianilina.
B: Dopamina a partir do sistema polianilina/NáfionÒ.
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