Diversos
centros de pesquisa em todo mundo têm sintetizado novos
cátodos para a utilização em baterias secundárias de íon-lítio,
devido ao aumento significativo na produção dessas baterias
nos últimos anos, as quais são aplicadas como fonte de energia
em equipamentos eletrônicos portáteis (telefones celulares,
computadores pessoais, etc.). Uma das mais importantes aplicações
de polímeros condutores eletrônicos, como a polianilina
(PANI) e seus derivados, é a utilização em dispositivos
de armazenamento de carga. Nessas aplicações, é desejáveis
uma alta capacidade específica, alta condutividade e uma
boa estabilidade química.
O pentóxido de vanádio (V2O5) também
tem sido amplamente estudado em razão do alto valor de potencial
no estado carregado e da alta capacidade específica teórica.
Contudo, a lenta difusão dos íons Li+ dentro
desses materiais impossibilita a bateria de fornecer altas
densidades de
corrente a potenciais adequados para o uso prático.
Um
dos métodos empregados em nosso laboratório para tentar
aumentar a velocidade de difusão dos íons Li+
é a síntese de nanocompósitos constituídos de PANI/V2O5
e PANI sulfonada/V2O5. Esses sistemas
apresentam propriedades peculiares em razão da íntima mistura
em escala nanométrica entre os seus componentes, correspondendo
a uma escala intermediária entre a molecular clássica e
microscópica. Diversas técnicas estão disponíveis em nosso
laboratório, permitindo uma análise estrutural criteriosa
e uma investigação aprofundada dos processos eletroquímicos
envolvidos nas etapas de carga e descarga dos cátodos.
A
figura mostra os resultados obtidos a partir da técnica
de microbalança a cristal de quartzo, indicando os fluxos
molares das espécies intercaladas/deintercaladas em um nanocompósito
constituído de PANI sulfonada/V2O5
durante uma voltametria cíclica.