Historicamente, a produção acadêmica nacional e internacional, assim como outros setores sociais, é majoritariamente branca - não somente em aspectos físicos de seus pesquisadores, mas também no direcionamento dos interesses científicos que, em conjunção com os econômicos, promoveu por séculos o apagamento e a impossibilidade da coexistência da negritude nesses meios. Apesar do racismo estrutural presente na sociedade, diversos negros e negras tiveram papel fundamental no desenvolvimento científico mundial.

Sob essa ótica, o projeto de divulgação científica A cor da ciência surge para evidenciar a carreira e as principais contribuições desses cientistas no meio acadêmico, através da produção de documentos com dados de suas vidas pessoais e produções científicas, posts e entrevistas, visando principalmente em divulgar a importância desses pesquisadores para a sociedade por meio de conteúdos digitais e audiovisuais, com foco, a priori, em cientistas nacionais e, em seguida internacionais, tendo em vista que ao longo da história da ciência eles não tiverem seu devido reconhecimento.  

Para além da reparação histórica com os pesquisadores pretos, A cor da ciência propõe a popularização das produções científicas construídas por negros com o propósito de criar o sentimento de representatividade no âmbito academico, de forma a dar ainda mais notoriedade aos atuais cientistas e esperança aos demais que sonham com essa carreira, para que assim, o cenário de desigualdade e invisibilidade vigente dê espaço para esses grandes cientistas.

O projeto conta com a orientação do Professor Dr. Ataualpa Braga do Instituto de Química em conjunto com o Coletivo Com Ciência Negra, também do IQ-USP.

Tal material terá como principal meio de divulgação as redes sociais, em especial o Instagram . Para nos acompanhar, você pode nos seguir no Instagram @coletivoccn.