Novo prêmio do IQUSP reconhece atuação em Cultura e Extensão Universitária

 
Prof.ª Dr.ª Maria Eunice Ribeiro Marcondes
[Imagem: Aldrey Olegario/Comunicação IQUSP]
 
Em 2023, a Comissão de Cultura e Extensão Universitária do IQUSP (CCEx) anunciou a nova premiação do Instituto — o Prêmio de Excelência em Cultura e Extensão Universitária Professor Doutor José Atílio Vanin. A iniciativa é uma homenagem ao docente, que deixou ao Instituto de Química e à sociedade brasileira um importante legado sobre as atividades de extensão, e busca reconhecer e incentivar o trabalho da comunidade do IQ na área de cultura e extensão universitária.
 
Entre as modalidades consideradas para esta iniciativa, são aceitas ações voltadas à educação básica, ações de divulgação de ciências em espaços não formais e ações de divulgação da ciência na mídia e para o público em geral. A vencedora deste ano, na categoria docente, foi a Prof.ª Dr.ª Maria Eunice Ribeiro Marcondes, homenageada por sua atuação na ponte entre estudantes e professores do ensino básico e o Instituto de Química, através da contribuição na área de Ensino de Química no âmbito estadual e nacional. “Esse prêmio foi inesperado. Acho que — vou me aposentar ano que vem — foi uma coroação do meu trabalho aqui. Foi muito importante mesmo e eu fiquei muito emocionada de receber esse prêmio, porque pensar no Atílio Vanin, pensar na importância [da Cultura e Extensão]... Que legal, fiquei muito feliz mesmo com a notícia”, diz a docente. Ela destacou também o apoio da família em sua trajetória e agradeceu o trabalho da equipe do Grupo de Pesquisa em Educação Química do IQUSP (GEPEQ) e a dedicação de Fábio Luiz de Souza, doutor em Ensino de Ciências e educador no GEPEQ, e Luciane Hiromi Akahoshi, mestre em Ensino de Ciências e colaboradora do GEPEQ.
 
Maria Eunice é coordenadora do GEPEQ, grupo que desenvolve projetos em Ensino de Química para alunos e professores do ensino médio. De acordo com a docente, o projeto recebe cerca de 1200 alunos por ano para as atividades experimentais nos laboratórios didáticos. “Nós lançamos um problema para eles e eles, com os experimentos, tentam responder. A gente sempre procura fazer uma ligação entre os conceitos da Química, a sociedade e a vida do aluno. Esse reconhecimento da química na vida deles, acho uma coisa bem legal. Eles falam isso. Por exemplo, numa oficina de solos, um aluno falou: ‘não pensei que tivesse química no solo, achei que era só biologia’. Então, veja que legal esse trabalho”, diz ela. Além das ações no IQ, o grupo coordenado pela pesquisadora também realiza ações de caráter formativo nas escolas de São Paulo, com experimentos químicos, e outras de divulgação, voltadas para as possibilidades de ingresso nas universidades públicas. 
 
Fábio Rodrigues, docente do Departamento de Química Fundamental e presidente da CCEX, explica que um dos reflexos da iniciativa se deu na própria mobilização da comunidade do IQ para com a pauta. “Foi bastante interessante, inclusive porque a gente viu a participação da comunidade, pessoas articulando, falando para outros, propondo nomes. Acho que só essa primeira etapa, de ver a comunidade se articulando em torno da Cultura e Extensão, já foi algo que você fala assim: ‘valeu a pena’, porque você vê que teve esse retorno da comunidade”. Ele comenta também que esta premiação é uma forma de motivar tanto os trabalhos já existentes, quanto incentivar o desenvolvimento de novas atividades e projetos.
 
Atividade de formação continuada de professores, realizada pelo GEPEQ
[Imagem: Aldrey Olegario/Comunicação IQUSP]
 
 
Por Aldrey Olegario | Comunicação IQUSP